Malu Moreira
Protocolo de vacinação para equinos
Atualizado: 9 de ago. de 2022
A imunização do cavalo é fator fundamental para a segurança dos humanos e a garantia da saúde de todos os animais do plantel. O protocolo de vacinação deve ser seguido à risca sob pena de consequências graves.

Olá amiga e amigo do chapéu, vamos conversar sobre vacinação dos equinos? Esse é um assunto de extrema importância para a saúde dos cavalos e das pessoas que convivem com eles. No artigo a seguir explico o protocolo de vacinação dos cavalos, os cuidados e as principais doenças que acometem os equinos. Assim você pode ficar ligadinho nos cuidados adequados com seu animal.
Existem dois motivos principais para imunizar os cavalos: evitar que o cavalo desenvolva doenças infecto-contagiosas e minimizar a transmissão de agentes de um cavalo para outro.
O protocolo engloba as vacinas obrigatórias que são para tétano, raiva, encefalomielites virais, garrotilho (estreptococose equina) e influenza equina. Além das vacinas reprodutivas, preconizadas para éguas em cria e garanhão antes de entrar na estação reprodutiva, que são de herpes vírus e leptospirose.
Administração das vacinas
A primovacinação nos potros (série de vacinas administradas em um curto intervalo) deve ocorrer entre quatro e seis meses de vida e o reforço com 30 dias e depois a cada 12 meses (algumas podem ser a cada seis meses). A imunização anual deve ocorrer em todo plantel. E, vacinas complementares para os potros nos primeiros meses de vida em plantéis com casos anteriores de doenças como botulismo e rotavírus.
As recomendações do fabricante quanto ao armazenamento, manipulação e administração das vacinas, devem ser seguidas à risca. E, apenas um médico veterinário deverá administrar as vacinas. São as melhores formas de garantir a eficácia das vacinas e a segurança dos animais. As seringas e agulhas descartáveis nunca devem ser reutilizadas ou usadas em mais de um animal.
*Agulha contaminada causa abscesso e haverá necessidade de tratamento com compressas, antibiótico e anti-inflamatório.
O programa de vacinação é variável em função de fatores como: prevalência de determinada doença na região (endemias e epidemias); grau de imunização; restrições sorológicas; grau de confinamento (sítio, fazenda, jockey, hípica); quantidade de animais para imunização (custo-benefício); utilização do cavalo (salto, adestramento, provas de trabalho, lazer); barreiras sanitárias internacionais e nacionais (importação e exportação); frequência de contato com outros animais.
É fundamental que o animal esteja livre de vermes e carrapatos no momento da vacinação. Apresentando qualquer desequilíbrio nutricional ou hormonal, a vacina poderá não ter o efeito desejado e o cavalo ainda estará em risco de adquirir a doença. Os animais com febre, infecção ou virose precisam estar recuperados antes da imunização.
Possíveis reações
Anafilaxia – Mesmo sendo incomuns, as reações alérgicas (choque anafilático) às vacinas podem acontecer com risco de vida. Nos equinos pode ocorrer a combinação de colapso cardiovascular, desconforto respiratório, hipermotilidade gastrintestinal, urticária ou angioedema.
Os sintomas podem aparecer após 30 minutos da exposição a vacina e se não houver tratamento específico pode levar o animal a óbito.
Tecidual – As reações locais, na região da aplicação, são mais comuns do que a anafilática. São casos que, geralmente, se resolvem sem intervenção ou tratamento. Porém, algumas situações podem exigir aplicação de compressas quentes e massagens além de exercícios suaves para a recuperação.
Em certos casos a tábua do pescoço pode ficar dolorida e isso dificulta a alimentação. Para minimizar é indicado oferecer o alimento em locais mais altos e facilitar o acesso do cavalo sem que precise abaixar muito o pescoço.
As reações vacinais não são nada comuns. No entanto, caso ocorram, somente o veterinário é preparado para contornar a situação de maneira segura e bem-sucedida.
Vacinação de equinos – Tabela simplificada
Tétano, Influenza, Encefalomielite e Raiva: Potros: 1ª dose na desmama; 2ª dose 30 dias após a primeira; Reforço com 12 meses Animais adultos e Éguas prenhes: Anual
Rinopneumonite e (EHV-1 e EHV-4): Potros: 1ª dose na desmama; 2ª dose 30 dias após a primeira; Reforço com 12 meses Animais adultos: A cada seis meses Éguas prenhes: 5º, 7º e 9º meses de gestação.
Atenção: Seu cavalo também tem uma carteirinha de vacinação que faz parte da documentação dele. Veja abaixo as exigências.
A vacina da raiva é exigida pelo Ministério da Agricultura e Secretarias Estaduais, em todo o território nacional. É necessária para emissão de GTA e outras certidões.
Influenza é exigida para entrada em estabelecimentos equestres e nos eventos com aglomeração de equinos. Encefalomielite é exigida para animais portadores de passaporte e entrada na maioria dos estabelecimentos e eventos equestres.
Rinopneumonite é pedida em alguns estabelecimentos e eventos equestres, mas tem grande importância devido a grande difusão do herpesvírus equino.
A vacina de tétano não tem obrigatoriedade mas, é uma das mais importantes para a saúde do cavalo já que é o animal mais susceptível a doença.
Espero que esse conteúdo tenha sido útil.
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Malu Moreira – dá aulas de equitação em Curitiba e criadora do portal Vício Country. Gerencia e publica vídeos no Canal Vício Country e nas redes sociais.
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